Estes dias passaram, eu estou
triste pois neste momento já não tenho avós.
Não fui ao funeral (foi hoje)… Estava limitado a 15 pessoas, se
fossemos todos seriamos mais do que isso.
Ela passou por muito, viu
dos 6 filhos que teve 4 a partirem primeiro que ela.
Mas é estranho, esta
sensação pois não me fui despedir, mesmo que fosse não poderia dar um abraço de
conforto aos meus tios, primos e irmãos.
Mas estes dias também de
normais não têm nada.
Todos sabemos que um dia
iremos ficar sem avós, e mesmo que desta avó eu fosse mais “desligada”, quando lá
ia era estranho, pois não sabíamos se ela sabia com quem estava a falar, (estava
no inicio de Alzheimer) não dava parte fraca, mas ela desde que a conheço
nunca dava parte fraca a ninguém.
De todos guardo boas
recordações e essas é que contam.
Da minha avó paterna sinto
saudades de tudo, mas a cevada e a sopa.
Do meu avô paterno faleceu
eu tinha uns 8 ou 9 anos não me lembro de muito, mas quando ia levantar a reforma
trazia uns doces para os netos.
Do avô materno das
promessas que fazia a mim e aos meus primos, de casinhas com piscinas…
Da minha avó materna ela era
mais “dura”, no natal dava-me sempre o mesmo uma boneca chorão, era a boneca com
que brincava sempre pois as outras eram mais bonitas e não as queria estragar…
ah e os bolinhos de bacalhau eram mesmo bons, e diziam que a feijoada a moda do
Porto também era boa, mas eu dessa nunca gostei muito.
E não ela não faz parte
dos números desta pandemia.
Não sei quando vou voltar
a entrar em casa dela, mas será estranho…
Alguém
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