Saudades #2

Há dias em que bate mais em que outros, e hoje foi um deles, estava a ver uma serie qualquer, e uma cena fez com que ela batesse.

Falta qualquer coisa, falta e pronto e essa falta nunca se vai preencher com nada.

Mas no sábado vou tentar prometo que vou tentar ir ao cemitério, sei que vai custar, mas quero lá ir, quero lhe contar o que se passou neste ano em que ela nos faltou, ela sabe o que se passou, sei que sim, e quanto sentimos a sua falta.

Posso até nem falar, mas ela vai me ouvir.

Se calhar vai me fazer bem, não sei. Mas sinto que é algo que tenho de fazer, se depois de o fazer, me apetecer ir para a cama e passar o resto do dia a chorar e querer estar sozinha, é o que vou fazer.

A quem contei o que pretendo fazer a resposta foi igual, e não contei ao mesmo tempo, (só três pessoas sabem, e agora quem me lê), todos me disseram faz o que te sentir bem, pois ela percebe se ainda não fores capaz de lá ir. Por isso digo eu quero lá ir, mas se vou ser ou não capaz não sei. Só nesse dia é que vou saber.

Alguém

Ainda no Desemprego

Ontem fui a mais uma entrevista (como diz o meu pai, já faço coleção delas), mas desta vez fui eu que recusei, e porque recusei? Bem era contratos mensais, o salário era muito baixo, e existia a possibilidade de fazer sábados também. O salário era menos do que eu ganhava no anterior trabalho, e se eu já achava pouco, mas dava para pagar as contas, mas nem foi por isso que recusei, foi mesmo por ser contrato mensal, eu tenho 35 anos, e sim não tenho filhos, mas não quero chegar a meio do mês e avisarem-me olha daqui a 15  dias já não te queremos cá.

Tenho 35 anos quero alguma estabilidade na minha vida, e sim a minha vida pessoal está bem, mas quero estabilidade na minha vida profissional.

Neste momento já estou como um amigo me disse, olha aproveita o fundo desemprego até ao fim, não, não, não estou a pensar nisso sequer, mas se as propostas forem assim não aceito, e prefiro estar no desemprego, pois ir para um trabalho que se goste ou não, sem saber expectativas de continuidade, para mim não dá.

Pois mesmo que não goste do trabalho que venha a fazer, sei que tenho a oportunidade de procurar outra coisa melhor.

Ela ainda me disse, mas olhe que quem está lá a trabalhar, alguns estão lá à muitos anos, e eu disse-lhe pois para mim não, ou me dão um contrato melhor ou então não obrigada. Ah e ainda tinha de ir a entrevista ao cliente.

Hoje ao procurar ofertas de trabalho (como já disse eu mando maioritariamente o meu CV a quarta feira), estava a ver um anúncio, estava todo inglês e eu pensei ok a língua obrigatória é o inglês, mas quando vejo isto “with one of these languages: French, German or Spanish.“

Comecei-me a rir pois um anúncio todo em inglês não pede fluência em inglês, mas sim em francês, alemão ou espanhol.

Por isso para já vou continuar no desemprego, que é chato (estar em casa, inventar coisas para passar o tempo), e de vez em quando ter de ir as convocatórias do IEFP, a última demorei mais tempo a chegar lá do que o tempo que lá estive, pois demorei acho que meia hora a 45 minutos a lá chegar, e estive lá 10 minutos, e demorei mais porque o senhor que me atendeu não tinha com ele um carimbo e teve de ir pedir a um colega.

Alguém

Mulheres Cansadas

Estava aqui na net a ver noticias e vejo esta, e posso dizer com todas as letras, ele não me ajuda, e porquê? É muito simples ele faz, não tenho de lhe pedir para me ajudar.

Se faço mais do que ele é provável, mas para já serve para nós, ele cozinha quando simplesmente não me apetece, ele aspira a casa, coisa que detesto fazer, eu limpo o pó, ele é asmático com alergia aos ácaros do pó.

Normalmente sou eu que estendo a roupa, mas por vezes é ele, não gosto como ele a estende, nem sempre gosto como faz as coisas, mas deixo-o fazer e não vou por como gosto, pois se ele fez, e eu vou corrigir, ele vai me dizer da próxima faz tu, e não volta a fazer.

Neste momento estou desempregada, alguma coisa mudou? Bem talvez, cozinho mais vezes, pois antes fazia as marmitas no fim de semana.

Moramos os dois cá em casa certo? Pagamos os dois a casa? Então porquê que seria só eu a cansar-me a fazer tudo cá em casa?

Quando trabalhava saímos de casa e chegávamos a casa a mesma hora, e só tínhamos tempo para dar um jeito na casa ao fim de semana, coisa que as vezes não fazíamos, pois estávamos cansados da semana de trabalho, e como durante a semana nem sempre tínhamos tempo para nós, porque havíamos de perder tempo arrumar a casa, se podíamos aproveita-lo só para nós os dois.

Alguém

Dia de São Valentim

Nesse dia não vou fazer nada, simplesmente nada, porquê? Bem porque não acho o dia dos namorados uma data importante, para mim não existem datas importantes numa relação, sim gosto de marcar algo para o dia em que começamos a namorar.

Mas o dia dos namorados não, porque namorar, deve ser todos os dias, e ir jantar fora ou dar uma prenda, neste dia porquê? Quando me apetece ir jantar fora só com ele digo-lhe, prendas? Não somos de prendas, raramente damos prendas um ao outro, seja no natal ou no dia de aniversário.

E além disso ir jantar fora nesse dia que este ano é a uma quinta feira não dá muito jeito, ele tem de ir trabalhar no dia seguinte, e depois os restaurantes além de estarem quase todos cheios, fazem aqueles menus especiais, que são mais caros que nos outros dias.

Por isso amor, (se leres isto) já sabes com o que contar, cá em casa não vais ter um jantar a luz de velas (até por que não deves querer jantar), nem presente.

Alguém

Entrevista/ A minha Terra

Hoje fui a mais uma entrevista (esta já uma segunda fase, foi no cliente), mas não é disso que vou falar. Durante a entrevista, um dos entrevistadores diz-me você é de X, e eu digo, sim sou natural de lá, conhece? Ao qual ele me diz, sim conheço é uma terra muito bonita, e eu digo que sim. Mas como sou de lá e nasci lá, concordo que seja uma terra bonita, com paisagens bonitas, e isso. Mas acho que nós como sendo naturais de um local, e vemos todos os dias os mesmos locais deixamos de ver a beleza das coisas, e quando vejo fotos da minha Terra no Facebook, até acho bonitas, mas é a minha Terra, eu conheço eu cresci ali, vejo a beleza, mas não reparo nela. 

Claro que sinto falta da minha terra, quem não mora onde nasceu/viveu acho que entende.

E depois diz ah estudou em Y, e ele diz gosto mais da tua Terra (a meio da entrevista começou-me a tratar por tu), e eu digo são locais diferentes pessoas diferentes.

E deixamos o assunto por que eu estava lá e começamos a falar de locais e situações, em que no final da entrevista, estivemos a ver vídeos do youtube, e estávamos os três a rir as gargalhadas, e quando saímos da sala eram pessoas a olharem para nós.

Por isso esta entrevista foi a mais descontraída a que fui, claro que fizeram as questões normais, e eu fui tirando duvidas do que seria para fazer (mas era só uma entrevista, e não sei se vou ser ou não escolhida).

Alguém

Noticias Parvas

  Hoje dei de caras com esta notícia, a única coisa que me lembrei foi, mas a será que a maluqueira tem limites?

Se há uns tempos tinha lido a notícia que os pais para trocarem as fraldas dos filhos bebés deviam pedir autorização aos bebés. Eu não tenho filhos mas quando tive de trocar fraldas aos meus sobrinhos, não lhes pedi autorização e eles não ficaram traumatizados com isso, ou se sentiram inferiores nem me acusaram de assédio(ainda lool), espero que eles não leiam isto não vão eles ou os pais se lembrarem disso, mas pensando nisso eu troquei as fraldas deles a pedido dos meus irmãos e cunhados.

Mas em relação a notícia acho um bocado estúpido, tudo bem que não fomos nós que pedimos para nascer, mas daí a pedir uma indemnização aos meus pais por ter nascido, pois se aqui estou hoje, foi porque eles me desejaram. Agora claro que não pedi para nascer, mas pela lógica teriam os meus pais perguntarem-me se eu queria nascer? (Já agora iam me procurar onde?)

Ele diz que tem uma boa vida, mas que não pediu para passar pela chatice da escola e de ter de escolher uma carreira (não tem de o fazer, pode fazer como tantos outros que não fazem nenhum). Não percebo para mim isto é estupidez.

Alguém