sexta-feira, 31 de outubro de 2014

Dia Mundial da Poupança


Hoje é o dia mundial da poupança, e o que eu oiço a minha volta são pessoas a dizer que é impossível poupar, que está tudo mais caro. Sim está tudo mais caro, e então? Eu desde miúda aprendi a poupar, há quem diga que sou forreta, sim é verdade sou forreta, mas quando quero uma coisa, vou e compro, tenha o preço que tiver, porque talvez, talvez não, porque os meus pais sempre me ensinaram a poupar. Em todos os sites de poupanças ou noticias que leio diz, faça um orçamento, eu não faço orçamento, e mesmo assim consigo poupar. Eu não entendo quando as pessoas dizem não consigo poupar.

Eu quando trabalhava, mal recebia o meu salario, eu levantava uma parte desse dinheiro, metade dessa parte punha de lado, esquecia me dele, ou seja não entrava nas minhas contas, fosse para o que fosse, simplesmente esse dinheiro para mim era como se não existisse. A outra metade era para ir pondo na carteira a medida que fosse precisando durante o mês, e o que sobrava no final do mês, ia para o esquecimento também. Agora que estou desempregada, ainda não me habituei ao corte que tive, e também porque ainda não fiz bem as contas do dinheiro que tenho de por para o esquecimento, mas mesmo assim vou poupando, então como fácil, eu detesto não ter dinheiro na carteira, logo tenho de ter dinheiro na carteira sempre, mas também como estou em casa já não gasto tanto, não vou ali a baixo tomar café (também são 2 cafés cheios de bêbados e coscuvilheiros, sim coscuvilheiros é praticamente só homens), e o que gasto é em bilhetes de autocarro para ir “picar o ponto” no IEFP, ou para ir a uma sessão ou outra de esclarecimento, e se for mais cedo por causa da porcaria dos horários dos transportes vá um café para fazer tempo. Jornais e revistas não compro tenho a internet, que que leio as noticias que me interessam e não o jornal todo ou revista que não iria ler toda (logo dinheiro mal gasto). Mas vamos falar do que interessa, como tenho sempre dinheiro na carteira, no final do mês a nota que lá tiver vai para o esquecimento.
Se por alguma razão preciso do dinheiro do esquecimento, digo a minha cara-metade, “olha tirei X, lembra-me que estou a dever, e de quando receber o voltar a por”, ele também faz o mesmo. Assim todos os meses a nossa poupança vai crescendo, e alem disso também tenho o mealheiro das moedas “pretas”, e esquecidas, como a maioria são pretas, aquilo já pesa e a ultima vez que contei já ia em 5€ e tal o que em moedas de um e dois cêntimos e muito, sim porque de cinco não são muitas, ele infelizmente ainda não deixou de fumar e as maquinas aceitam as de cinco. As esquecidas são aquelas que eu encontro na roupa quando vai para lavar, ou encontro na rua, nem que seja de 1 cêntimo eu apanho. Como dizia a minha avó “grão a grão enche a galinha o papo”. E mesmo assim eu desempregada, não deixamos de comprar o que nos apetece, quando me apetece compro um livro, ele coisas para a bicicleta, e uma bicicleta para mim (que ainda não usei), se nos apetece vamos jantar ou almoçar fora, sem fazer contas ao que gastei. E para mim isto é poupança, não compro nada que sei que não posso pagar, cartão de crédito não tenho, pago a maioria das contas com o de debito até porque me é mais fácil de controlar os gastos, porque segundo os “especialistas da poupança” dizem se pagar com dinheiro vai perguntar se precisa mesmo, pois mas eu aprendi a perguntar sempre se preciso ou não antes de gastar, e sempre que pago a dinheiro vejo que o dinheiro desapareceu da carteira e eu já me esqueci onde o gastei. Por isso não acho que exista uma forma certa de poupar, mas cada um é que sabe como poupar.

Eu aprendi que tenho de ter sempre dinheiro para comer, para a saúde, e claro mais importante para me mimar quando me apetece.
E isso sim para mim é poupar, não para quando tiver de o usar porque surgiu uma urgência, mas sim para quando me apetecer MIMAR.

Alguém

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