sexta-feira, 17 de janeiro de 2020

Dois anos


Passaram dois anos, saudade aumenta de dia para dia, o tempo cura tudo o tanas.

Não ouvir a voz, entrar em casa e parecer vazia, pois mesmo nos dias em que estava doente, enchia a casa.

Não ver os netos que amava, crescer, nascer. E como ela ficava feliz sempre que sabia que ia ter mais um neto, sempre com a esperança de vir a menina. E agora que a menina veio, ela não a conhece.
Foi mais ou menos por esta altura no ano passado que soube que estava grávida.

Hoje acordei com a pimpolha a resmungar (é raro acordar e chorar), estava com fome, e lembrei-me faz hoje dois anos que desapareceu, e senti-me triste, mas ao pegar nela, e ver aquele sorriso rasgado, pois sempre que acorda, esteja ou não a chorar coloca um sorriso rasgado, capaz de “furar” qualquer tristeza.

Conheceu três dos netos, sempre que pôde tomou conta de 2, até os levava as consultas dela, e como eles adoravam, iam passear com os avós, principalmente o T.
Os dois mais novos não a vão conhecer, mas espero que os dois mais velhos, digam aos três mais novos o quanto ela os amava.

Tenho de ficar por aqui, ela acordou, e eu só escrevo quando ela dorme.
Alguém

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